Pode crer rapaziada esperta, depois de 2 anos, conseguimos vender o CD de número 500. Para alguns este número pode ser pouco, para outros, pode ser um número expressivo, mas para o A.S.U. significa uma grande vitória conquistada. Onde mais de 90% desses CDs foram vendidos de mão em mão, na troca de ideia mesmo, durante e depois de show entre um som e outro a gente sempre comentava se liga no CD da gente e quando acabava o show, ficávamos no meio do público com o CD na mão para vender. Eu sempre ando com o nosso CD na bolsa e minhas estratégias de vendas são evidentes, “Tem 11 faixas e vem com uma pasta interativa com fotos, letras e um vídeo clipe do som Maceió Skateboard 2”; Na UFAL, eu dizia que “É porque vou me formar e tô vendendo esse cd para juntar dinheiro para a formatura” na maioria das vezes, esse papo deu certo. Diante dessas e outras estratégias de vendas que surgem na hora, dependendo da pessoa e do papo que está rolando, aconteceu alguns casos interessantes que queria contar apenas quando batesse a meta e chegou a hora. Vamos lá:
• Em um belo dia de aula, daqueles em que só os Nerds estudam, sexta-feira, tipo umas 5 horas da tarde, já começando a escurecer, estava eu e o resto da turma assistindo aula de Matemática Financeira. O professor provando umas fórmulas, não sei se foi os caras que me desafiaram ou se fiz isso para trocar uma ideia com o professor, mas interrompi a aula e falei que não entendi bem esta demonstração, mas vou entender melhor se o senhor comprar o meu CD, ai joguei aqueles papos de sempre. O professor sorriu, comprou o CD e toda vez, quando ele me vê pelos corredores da Matemática ele pergunta sobre o segundo disco, ai eu digo tá já saindo.
• Quando fomos fazer um som no CEFET, tinha tudo para dar certo, mas não deu. Chegamos lá, não tinha quase ninguém, a quadra dava um eco cabuloso e o mesário não ajudou nenhum pouco. Depois de cantar um som, resolvemos parar o show e ir embora, demos um tempo no estacionamento esperando não sei o que, ai colou um táxi com um skatista dentro perguntando onde era o role de skate, informamos que o espaço no CEFET já tinha fechado, ai joguei o papo do CD, trocamos altas ideias e o taxímetro rolando o taxista pegou o CD e botou no som e ele curtiu a introdução, porque sempre gostou de filme de faroeste. Final da história, vendi os dois CDs e o fim do dia não foi tão ruim como se esperava.
• Nos corredores da Matemática, eu sempre perguntava a um e a outro “Já comprou o meu CD tem altas dicas para passar em Cálculo 1 e 2 (o terror para alguns estudantes de exatas)”, quando o prof. Chico Potiguar ouviu isto ele disse “Que história é essa Iwldson?”, ai eu desconversei, gaguejando falei que era brincadeira, que na verdade era um marketing para vender meu CD aos calouros da Matemática. Um pouco depois, passa o prof. Adan Corcho de Cuba e entra na conversa falando um “Portunhol”, pega o CD e começa a analisar, quando ele lê o som “É Nói$” começa a tirar uma onda isto aqui está errado, o certo é “Somos nós”, não vou comprar o seu CD por conta deste erro, prof. Chico já tinha levado o dele e pago, é claro. Chamei o prof. Adan para uma conversa particular, expliquei, gesticulei tanto que saí com os braços cansados, até que ele entendeu e comprou o CD.
• Um dos nossos melhores shows, com certeza absoluta, foi o que tocamos no Festival Maionese, fizemos um ótimo show, vendemos muitos CDs e uma coisa que me marcou foi a não venda do CD para o taxista na ida para o evento. O taxista mó gente fina, trocamos altas ideias de som e ele botou uns vídeos de campeonato de B.Boys. A ideia de vender cd ficava martelando na minha cabeça enquanto trocava ideia com ele, quando chegamos ao Jaraguá, hora de descer, o valor foi 27 conto, pensei dou 25 conto e o CD. Quando falei para o taxista desta forma “Oh chegado, 25 conto e o CD paga?” ele disse na lata “Não! O valor é 27 reais”. Fiquei triste pela não venda do CD, mas reconheci que era o trabalho do cara e dei um cd para ele.
• Uma venda boa foi esta que vou contar agora. Um colega chamado Rodrigo, no tempo ele fazia Matemática Bacharelado e eu Licenciatura, logo quando lancei o cd ele foi um dos primeiros a comprar, porque a gente trocava muitas ideias e já tínhamos pagado um monte de matéria juntos. Ele vendo que eu sempre andava com cd na bolsa e oferecendo para o povo, disse que iria fazer uma viagem para São Paulo e que queria comprar uns CDs para presentear os parentes de lá, e me chamou para ir ao banco sacar uma grana eu feliz da vida vamos lá, e disse “Quer que eu lhe carregue?”. No banco ele sacou 30 reais e me comprou 10 CDs na lata, eu com um sorriso de orelha a orelha disse “Fala a verdade man, tu vai vender esses CDs no mercado negro e gastar com prostitutas, né não?” ele riu tanto dessa besteira que pensei que iria comprar mais CDs. Fomos para o RU e paguei a sopa para ele em agradecimento.
Existem outras histórias legais de vendas de CD, mas acho que estas já estão de bom tamanho e fiquei muito contente por esse CD de número 500 ter sido o chegado Felipe que toca teclado na banda de reggae Massive Roots. Conheci esse irmão em um show que iríamos fazer juntos na UFAL, mas infelizmente, não tocamos por motivos que não merece estarem aqui nesta postagem. Antes do show, fui fazer uma entrevista para a rádio e site Café com Reggae, quando chego lá, os caras da Massive já estão apostos, todos concentrados trocando uma ideia massa com o pessoal da rádio, eu me junto para tirar uma onda com essa rapaziada. Antes de acabar a entrevista, rolou uma a capela e cantei o som “Beverli Biu City” depois desse dia, ASU e Massive Roots andam lado a lado e já tiramos até um som juntos, eu, Felipe e Jadson, na famosa Praça da Formiga.
Gostaria de agradecer a todos que contribuíram de alguma forma para essa nossa conquista, a meus familiares e amigos, ao Allan FDC, que está junto comigo nessa caminhada lado a lado sempre, e principalmente a Deus. Gostaria de deixar aquela frase que sempre jogo no final de quase tudo que escrevo, que já está na hora de mudar, valeu rapaziada!!!